Festa pra mim é uma contradição

Ok, vou ser filosófica agora.

Festa pra mim é uma contradição. Adoro festa, odeio festa.

Adoro festa. Entrar num lugar onde eu não preciso pensar em nada, simplesmente me mover conforme o rítimo louco que a música tomar.

Adoro festa. Um lugar onde eu posso dançar como eu quiser, gritar como eu quiser, e ninguém vai me dizer quando parar.

Odeio festa. Sair tarde da noite com dois ou três amigos que não vão conseguir conversar com você, porque a música tá muito alta.

Odeio festa. Ver nego pegando piranha e sentir como se meu lugar não fosse ali.

E então, me jogar nos braços do primeiro estranho que pedir pra ficar comigo, pra me sentir desejada por alguém.

Afinal, todas em minha volta são trovadas por 20 caras, e eu por um bêbado que acabou de ganhar 5 reais na aposta de "duvido que você pegue aquela mina ali".

Festa pra mim é uma contradição. Porque festa é o lugar que eu vou para fugir da realidade, e é o lugar onde eu mais me dou de cara com ela.

Sabe o que eu acho?

Que festa é uma coisa maravilhosa, uma bênção. É o lugar onde tem a música mais alta, e só a música é que faz sentido agora. Você pode até não perceber, mas a música nos leva a impulsos: rir, chorar ou até mesmo dançar com alguém ou beijá-lo. Você só precisa sabe o que fez, quando fez, e bola pra frente. Essa é a grande mágica.

Essa é a grande festa.